segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sob a Poeira

E agora, mais nada
aqui, o sol não toca o chão
Só há paredes em declínio
Aqui, só concreto e solidão

E então, faltam verdades
não há mais sim, não há mais não
As gentilezas aqui não respiram
Aqui, a poeira é redenção

E logo, a dor tem cheiro forte
Logo sobe a fumaça, a degradação
as pernas voam nos degraus da fé
aqui, a fé bate o rosto no portão

E depois, tijolo e lágrima -
um só lamento à contradição
fé e verdade, sol e dor
tudo vira cimento, tudo vira canção.


*Intervenção direta do texto Égide, do San (http://www.colapsos.blogspot.com).
O "Lúcia", eu continuo depois.